Após algumas semanas de trabalho, já está a disposição do município de Ipira o material criado pela Nativa Comunicação com slogan Ipira, Cidade que Inspira.
Para desenvolvimento do trabalho, estivemos presente por diversas vezes em locais turísticos da cidade, conhecendo, fotografando, filmando e coletando dados. O resultado originou o título do material, um material gráfico para divulgação da cidade em toda Santa Catarina e um audiovisual mostrando as potencialidades culturais e turísticas de Ipira.
Paralelo à isto, trabalhamos na revista Tecer Moda, registrando o resultado final do curso de Design em Moda realizado em parceria com a Udesc. Para este material, fotografamos as modelos com as roupas criadas pelas alunas do curso, produzimos a revista e participamos do desfile de moda que serviu como apresentação dos trabalhos e formatura da primeira turma.
Trabalhar neste projeto foi realmente motivo de muita inspiração.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Mais importante que ser uma pessoa muito conhecida, é ser uma pessoa que vale a pena conhecer.
A frase que dá
título a este texto dispensa até mesmo o conteúdo que vem a seguir, pois resume
em uma única expressão um pensamento que envolve comportamento, reconhecimento,
postura, ética e tantas outras atribuições que podem ser dadas ao ser humano, tanto
em sua versão como pessoa física, quanto na forma em que conduz seu
desenvolvimento profissional e empresarial. Deixando de lado aqui as especulações
da vida alheia e desta vez nem mesmo entrando na área da política – prato cheio
sobre valer a pena conhecer o indivíduo - foco este tema no mercado de
trabalho, onde diariamente encontramos profissionais experientes com currículo invejável
entre especializações e projetos realizados, mas que são pessoas insuportáveis
de se conviver. Na outra ponta da corda, na simplicidade de uma pessoa tida
pela elite como “povão”, podemos encontrar o aperto de mão e o olhar sincero e
a incapacidade de lhe fazer o mal.
Algumas piadas
populares reforçam a ideia de que “as pessoas deveriam ser iguais embalagens de
cigarro; vir com a foto do mal que causam”. O ponto de equilíbrio poderia
estar- quem sabe - em uma sensatez mais comum à todos e no exercício de ouvir mais,
refletir mais e falar menos. A rotina do
mercado de trabalho oferece cotidianamente relação com situações divergentes; há
o profissional com capacidade muito superior a que a empresa exige dele e
também a situação inversa, onde a exigência da empresa é que é muito superior a
sua capacidade de execução. É tarefa difícil ao gestor admitir que a imagem da instituição
a qual lidera, começa a ficar desgastada diante da comunidade pela maneira como
um determinado profissional se porta perante aos demais na ausência do seu
líder. Pior, quando o líder parece perder o comando sobre a equipe e seus
projetos são abalados pela formação de grupos com objetivos distintos, onde
cada um puxa para o lado que lhe proporciona maiores benefícios pessoais. E
isto é mais comum do que parece.
Conforme dicas
de gestão empresarial nas páginas desta edição do Pauta, um erro grave e que
traz resultados insatisfatórios - e que encontramos pelo caminho diariamente -
são as escolhas na hora da contratação de um profissional para determinada
vaga, que optam pelo próprio amigo ou parente – ato que teoricamente supriria
as necessidades do cargo por ser alguém de confiança, ou seja, o velho lema de “unir
o útil ao agradável”, mas tem sido uma decisão que vem acompanhada de consequências
desagradáveis. Se; “crescer profissionalmente é aprender com os erros” e; “a
experiência é adquirida com a longevidade no trabalho”, hoje admito que já errei
em meu setor de atuação dando outrora preferência
e defendendo a presença de “amigos” em um mercado tão importante e que lida
diretamente com a imagem e com a marca dos clientes, e a nossa própria imagem.
Encontramos líderes comerciais e empresariais em nosso mercado que vivem o
drama de não saberem que decisão tomar diante do trabalho mal executado pelo
profissional parente ou amigo e a consequência no clima familiar que poderia
gerar a sua demissão. A incógnita é; dar preferência à saúde do seu negócio ou
a saúde da sua família e círculo de amizades? O que fazer? O que encontramos
com maior normalidade é a postergação da decisão, o “vamos levando assim até
onde der”. Qualquer decisão quando o caso chega neste extremo, resultará em
prejuízo.
A decisão mais
óbvia ao empreendedor – sempre que possível - seria preservar a saúde da
família e da empresa simultaneamente, não misturando amizades e laços
familiares com negócios, (exceto transição de geração entre pais e filhos).
Sempre que houver a possibilidade de contratação, primar pela escolha do profissional
que facilitará as decisões que deverão ser tomadas entre contratante/contratado
ao longo do processo sem afetar a vida pessoal de cada um. O mercado de
trabalho é como uma estrada repleta de obstáculos imprevistos e os erros e
acertos em todos os setores – do diretor/presidente ao estagiário – é normal. Entretanto,
alguns destes erros são fáceis de serem corrigidos e o futuro de empreendedores
e colaboradores podem continuar seguindo em passos largos rumo ao sucesso
coletivo. Outros erros – teoricamente de fácil solução mas que tem tomadas de
decisões ou lentas, ou precipitadas demais - são capazes de manchar uma
história inteira de luta, trabalho e dedicação.
Surpreendem-se
e decepcionam-se ainda alguns empreendedores que defenderam a presença do
profissional amigo/parente em sua empresa por um bom período e sabem que foi
nesta época que o mesmo ganhou reconhecimento no mercado para então seguir por
outros caminhos em empresas maiores. Hoje, ao visualizar o currículo virtual do
amigo na internet, estranham a ausência daquele período e da marca da sua
empresa no campo “Experiências Profissionais”. Fatos assim remetem exatamente
ao contexto do título desta coluna; “ser pessoa muito conhecida é uma coisa,
valer a pena conhecê-la em sua essência é algo bem diferente”. Entretanto,
“decepcionar-se sim, render-se jamais”, afinal, afirmam os estudiosos do setor
que, são os empreendedores persistentes que continuam movendo o mundo.
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Nossos “socos em ponta de pregos” de cada dia
Por vezes me questiono até que ponto vale a pena exercer o
ato de “dar socos em ponta de pregos” cotidianamente, sendo que no final das
contas, é sempre a sua mão que sai ferida? O que são estes socos em ponta de
pregos? O ato de tentar mudar o que não muda nunca, de falar o que ninguém
ouve, de pensar o que ninguém pensa. É como dizer ao fumante compulsivo que ele
precisa parar de fumar, ou dizer ao alcóolatra que ele precisa parar de beber.
Ele irá parar, mas você sabe quando, certo? Quando o diagnóstico médico dele
afirmar que sua vida está mais para lá do que para cá. Até lá, é falar ao
vento.
Por que digo isto? Estou tentando fazer alguém deixar a
bebida? Não. As pontas de pregos as quais me refiro são mais perigosas,
pontiagudas e ferem o coletivo e não apenas o individual. As pontas de pregos
podem ser a absolvição dos seis vereadores que usaram ilegalmente diárias com
verbas públicas, a licitação pública que se tenta renovar automaticamente de um
ano para o outro, não levando em conta que o prefeito é o mesmo, mas a gestão
do mandato não. É o esquecimento das coisas que aconteceram na mesma licitação em
questão na edição passada. É o prefeito do meio oeste que, para ser encontrado
no telefone o cidadão deverá ligar sempre com o prefixo 48. São os lobbys e
interesses pessoais colocados a frente antes da votação de um projeto, o
idealista que se corrompe, o lobo que vestiu pele de cordeiro durante as
eleições. É Renan Calheiros na presidência do Senado, é dar microfone para
Feliciano falar o que realmente pensa sobre as minorias, é pastor evangélico
que estupra fieis. É o jovem que estupra frente às câmaras e ao público, em um
Bizarro Big Brother da vida real, mas não pode ser condenado porque está abaixo
dos 18 anos e é tido como incapaz de responder pelos seus atos... pelo seu voto
é considerado capaz de responder, apenas pelos seus atos criminosos que não.
Dar soco em pontas de prego por aqui é falar do trânsito:
muita promessa, muito discurso e... muita fila. É querer que político eleito
pelo voto popular seja exemplo de conduta ética e moral. Dar soco em ponta de
pregos é achar que os assassinos da menina Andressa de Luzerna deveriam estar
presos e que, mais cedo ou mais tarde na liberdade que desfrutam podem fazer de
novo. É ver se desenrolar um caso de vítimas fatais de uma inocente endoscopia
que meses após meses, ano após ano não chega a conclusão alguma. É ouvir falar
enquanto candidato, que se eleito lutará pelos investimentos na cidade, mas
quando chega a hora de votar em um projeto como o investimento do Passarela, opta
por favorecer seus negócios particulares ou então negocia com comerciantes
locais o valor da sua decisão.
Em suma, isto é dar soco em pontas de pregos, é não aceitar
tanta ilegalidade, tanta passividade popular, desvio de dinheiro público em
obras que nunca ficam prontas ou projetos bons para a comunidade que são
vetados porque o legislativo é contra o prefeito. É o prefeito que se omite em
dar opinião e... o prefeito que anda falando (e se achando) demais. “As coisas
são assim mesmo”, dizem uns. “Não adianta mudar, a corrupção tá ai para sempre”
dizem outros. Mas talvez nada seja tão grave quanto o líder popular, o
representante de classe, o empresário ou formador de opinião que aconselha o
crítico a não criticar, mas não aconselha o criticado à mudar sua conduta ética
como líder. Estes são os mesmos que usam máquina de escrever para competir com
a tecnologia da sua concorrência e pior, não admitem que estão por trás de seus
próprios maus resultados.
Dar soco em ponta de pregos é afirmar que alguns mandatários
são bons, mas terrivelmente mal assessorados por pessoas mal intencionadas,
todos sabem, todos concordam, mas não se manifestam porque também tem sua
contribuição nas tomadas de decisões que beneficiam a poucos.
Nas últimas semanas tenho ouvido muitas pessoas falarem que
chegou a hora de desistir de criticar, de apontar falhas, de lutar contra o
sistema. Essa desistência é compreensível, é resultado das mãos estarem
sangrando (figurativamente falando) de tanto soquear os famigerados pregos. Por
vezes também acredito que “a ignorância é uma benção”, que o “não saber, não
ver, não escutar” nos faz viver mais tranquilos e menos revoltados com a
impunidade explícita de nossa rotina. Mas então retorno do “Momento Alzheimer” e lembro que, se o povo não falar,
não expressar sua opinião, não condenar o que é condenável e não exigir
explicações sobre aquilo que não tem explicação, a impunidade estará cada vez
mais impregnada em nossas vidas. Se várias mãos baterem juntas, os pregos
entortam. E ainda, se, inteligentemente, for usada a ferramenta certa, os
pregos soltam e caem. Povo passivo e omisso é o que de melhor pode existir para
um líder político mal intencionado.
Há tempos, a esperança para queda da injustiça estava no
vigor da juventude, que iria mudar o Brasil e o mundo. Agora, eles estão
ocupados demais para isto, curtindo fotos e mensagens no Facebook e se algum
deles, num súbito ataque de consciência se manifesta contrário ao sistema, vem
logo o conselho de cima; “para o bem de todos e felicidade geral da nação,
mantenha-se calado”.
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